Associação do Aeroclube não quer terreno em área alagada

por mon — publicado 08/12/2015 16h24, última modificação 01/06/2016 10h58
Os moradores do Bairro Aeroclube estavam prestes a receber um “presente de grego” e foram salvos, mais uma vez pela Câmara. A Prefeitura encaminhou o Projeto de Lei nº161/15, que concede, de forma gratuita, o direito real de uso de bem público à Associação Comunitária do Bairro Aeroclube.

        Convidados pela Câmara para tratar do projeto que está tramitando na Comissão Geral de Pareceres (CGP), nesta terça-feira, houve uma surpresa até para os próprios representantes da Associação, o presidente Aníbal Ferreira de Souza e a Vice Rosane Terezinha dos Santos: a área está situada numa região próxima ao arroio e fica alagada, diferente do pedido apresentado pela Associação. Segundo Aníbal, no processo foi trabalhada outra área, este terreno não é o que foi pedido. “Solicitamos uma no início da Rua Benjamim Alves Barreto, não no final, aonde seguidamente ocorrem alagamentos”, acrescenta.
Aníbal agradeceu à Câmara pelo convite e disse ainda que não foi informado pelo Executivo sobre a razão da troca da área. Da mesma forma, a vice-presidente Terezinha Santos alegou que a comunidade não quer esta área inundável.
    Presente também na CGP o secretário de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania, João Marcelino da Rosa disse que desconhecia o processo, já que é anterior à sua titularidade na Pasta.   Diante de todas as colocações, Marcelino informou que irá solicitar a retirada do PL 161/15 do Legislativo. Prometeu também visitar a área e ter uma reunião com os moradores.
    Conforme o presidente da Câmara, Márcio Miguel Müller (PTB), ainda bem que a Câmara decidiu convidar os representantes do Aeroclube. Caso contrário, estaria criado o problema.  Novamente, o Secretário garantiu que o processo será revisto. “Inicialmente nós ficamos felizes, porque o projeto entrou na Câmara. Ao sabermos que a área era outra, veio a decepção”, conta Souza.
    Entre os membros da Comissão Geral de Pareceres (CGP), o consenso foi o de aguardar o Prefeito fazer a retirada do projeto.