Biomina não comparece na CPI do Lixo

por mon — publicado 07/10/2013 16h08, última modificação 01/06/2016 10h59
Na reunião da CPI do Lixo, segunda-feira (7), estava previsto dois depoimentos: da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR) de São Leopoldo, onde era depositado o lixo de Montenegro e da Biomina, responsável pelo recolhimento na cidade, que não veio.

Procurada pelo Secretário de Diligências da CPI, se recusou a assinar a notificação, nem mesmo foi possível citá-la. A CPI fará nova tentativa de obter o depoimento da empresa, atendendo solicitação do Procurador Geral do Município, João Elias Bragatto.
Antônio Saldanha Nunes, representante da CRVR, respondeu perguntas formuladas pelos membros da Comissão e dos representantes do Prefeito Paulo Azeredo (PDT). Segundo Nunes, é adotado um processo padrão para o recebimento do lixo que vem das cidades: o caminhão chega, é pesado, descarrega e é pesado novamente. “Fiscalizamos somente para saber se o material está dentro das normas de recebimento com as quais a empresa tem permissão para funcionar”, disse Saldanha, respondendo a um dos questionamentos do Vereador Renato Kranz.
O Vereador também questionou que tipo de caminhão transportava o lixo para São Leopoldo. Saldanha afirmou: os mesmos que faziam o recolhimento na cidade. O empresário explicou que havia um contrato assinado com o Município de Montenegro desde 2009, para depositar o lixo em Minas do Leão, numa área da mesma empresa.
Porém, diante da situação envolvendo o transbordo em Montenegro, Saldanha comentou que colocou à disposição o aterro de São Leopoldo, onde o custo por tonelada é maior, porém mais perto. “Esta diferença de valores, de R$ 28,00 por tonelada, ficou por conta da Biomina”, ressalta. O presidente da CPI, Márcio Müller indagou se o balanceiro que fazia a pesagem era da empresa, o que foi confirmado por Nunes.

           Novos documentos juntados


O advogado Aloísio Zimmer Júnior, contratado pelo Prefeito Paulo Azeredo (PDT), entregou a procuração solicitada pela CPI. Também foi juntado ao processo o contrato da Ecotrat com a Prefeitura e ainda notícias da imprensa de Taquara, as quais retratavam problemas no recolhimento efetuado pela Biomina na cidade já em 2012. O material foi entregue pelo Vereador Renato Kranz. O Procurador Bragatto fez uma objeção, alegando que seriam apenas notícias. O presidente Müller manteve a juntada das matérias.

            Diretora de Compras será convocada
  

A Diretora de Compras, Carolina Endres, será convocada para depor na CPI dia 14 de outubro, às 9 horas, na sala de reuniões do Legislativo. A solicitação partiu do Vereador Renato Kranz (PMDB), acatada pelos demais membros da Comissão.  Kranz a justificou em razão da análise de documentos no processo n° 1154 – volume 1, que envolve orçamentos para contratação emergencial e que teve como vencedora a Biomina.
No encerramento dos trabalhos Márcio Müller (PTB), diante dos prazos, registrou que qualquer oitiva que venha a ser solicitada terá prazo máximo até 14 de outubro. A CPI encerra suas atividades no dia 30, com a apresentação do relatório. Dorivaldo da Silva - “Dorinho”, autor da solicitação do depoimento da Biomina, em razão desta não ter comparecido, abriu mão de uma nova convocação. “Demos uma oportunidade para a empresa se manifestar. Não mostraram interesse, estou abrindo mão”, argumentou o Vereador.