Braatz cobra maior fiscalização quanto a fios soltos depois de consertos

por mon — publicado 06/10/2015 08h35, última modificação 01/06/2016 10h59
Constatado com frequência, o problema dos fios soltos na rua após consertos na rede motivou o Vereador Roberto Braatz (PDT) a promover encontro na Câmara, segunda (05) pela manhã. “Estamos vendo um desleixo das Companhias de telefonia. Terminam um serviço e os fios ficam soltos, ou então os amarram aos postes e por vezes, na calçada. Em alguns pontos, os cabos ficam ao alcance das mãos”.

        A preocupação é com o fato de que pode causar problemas, além de representar poluição visual. “Os fios que ficam soltos no leito da rua podem causar um acidente, envolvendo o ciclista, o condutor de moto. Cabos que estão em pouca altura facilmente podem sofrer algum dano, serem cortados, o que interrompe o fornecimento de energia”, lamenta.
    O objetivo foi verificar quais providências estão sendo tomadas com relação aos resíduos que ficam após a execução do serviço. “Não se trata apenas de uma relação entre a empresa e o consumidor, mas o que resulta deste trabalho e é visto pelos demais cidadãos, caso dos fios soltos na calçada”. O Vereador compara: “se faço um serviço na minha calçada, minha responsabilidade é recolher o material e deixá-la como estava antes, em bom estado. Executado um serviço de telefonia, não se podem deixar resíduos, fios pendurados”. O Secretário de Viação e Serviços Urbanos, Carlos Einar de Mello, alega que desde que assumiu a Secretaria vem encaminhando os pedidos de conserto quando é visto algum fio caído. “Nós solicitamos à empresa responsável que normalize a situação”.
                        Única conduta de ação
    Felipe Hayneck Machado, Chefe da Elétrica da SMVSU, acrescenta que a Prefeitura se preocupa com as questões envolvendo o serviço de telefonia. Exemplifica com o ocorrido recentemente: a queda de um poste da OI localizado na Estrada Selma Wallauer, que derrubou os cabos, fazendo com que moradores, empresas e a Escola Municipal ficaram sem telefone. Conta que a Prefeitura fez muitas cobranças à OI, para que houvesse o conserto, e não houve resposta, sendo que as pessoas ficaram sem telefone durante muito tempo. “Não podemos ir ao local e emendar os cabos da OI. Não podemos mexer neles, assim como em postes da AES Sul. A Oi é uma empresa particular, a Prefeitura não pode executar trabalhos para empresas particulares”, ressalta.
    O Especialista em Telecomunicações da OI, Gabriel Gonçalves de Medeiros, explica que a companhia é inquilina dos postes da rede de energia. “Assim como a Prefeitura não pode mexer na rede de telefonia, a empresa não pode mexer na estrutura dos postes da Companhia de energia”, compara. Comenta que há um trabalho conjunto entre as duas empresas, no momento em que existe necessidade de que sejam tomadas providências quando a OI tiver que atuar na rede. “O rompimento e o roubo de cabos nos sacrificam muito. Ao invés de estarmos fazendo a ampliação de rede, temos que repô-la. Só em 2014, foram furtados 134 quilômetros de cabos da OI no RS”, relata.
    Jaime Borin, representante institucional da Oi no Rio Grande do Sul/RS da OI, cita que não existem apenas as redes das operadoras de telefonia, há outras, como os provedores. “Sendo da OI, tomamos providências imediatamente e encaminhamos o que é trazido pela Secretaria, tratando cada caso pontualmente”. Ressalta que existe esta relação, pois há uma parceria com a Prefeitura em outras situações.
    Para o Vereador Valmir de Oliveira, deveria ser cobrada da AES Sul uma melhor fiscalização: “as empresas tem que se reunir e fiscalizar os serviços feitos nas redes”. Cita que empresas executam os reparos e depois deixam os resíduos abandonados. “Têm que haver uma regra, eles fazem do jeito que querem e abandonam o material depois que concluem o serviço, alguém deveria ficar responsável por verificar se está tudo certo”.
    O representante institucional da OI lamenta que a empresa estivesse sendo vítima de ocorrências como o furto de cabos, de equipamentos de rádio transmissão, bateria, tampas de bueiro, “de tudo que é tipo de material que possa ser comercializado”.
    O assessor parlamentar Flávio Brochier relatou situação vista por ele, no último sábado: “testemunhei a forma como foi feito um serviço pela empresa Conecta, terceirizada da AES Sul, da troca de três postes de madeira por três de concreto. Dos três postes que eles trocaram a parte de iluminação não está funcionando, desde sábado. Os cabos ficaram suspensos, eles foram lá e fizeram a sua parte e como fica a situação das outras empresas?”, questionou.
    Para Braatz, a Prefeitura tem que zelar pela cidade, precisa notificar as empresas, acrescentando que deverá fazer contato com a AES Sul, para nova reunião: “o objetivo é que haja uma única conduta de ação, e que se veja de uma maneira diferente a questão da poluição visual e dos fios soltos que ficam balançando por aí, podendo causar um acidente”.