AES Sul assume o compromisso de ações para o interior
Proposto em conjunto pelo presidente da Câmara, Vereador Carlos Einar de Mello (PSB) - “Naná” e por Ari Müller (PDT), o encontro ocorreu na manhã de quinta-feira (12), na sala de reuniões da Câmara.
Além dos produtores, participaram os Vereadores Roberto Braatz (PMDB), Renato Kranz (PTB), o Secretário do Desenvolvimento Rural, Valmir Oliveira e representantes da AES Sul: Thiago Pedroso de Oliveira, Gestor de Atendimento do Setor Público e o Supervisor Regional de Obras e Manutenção, Marcelo Flores Pereira.
A primeira atitude do presidente Carlos Einar de Mello - “Naná” foi a de pedir que fosse lida a ata da reunião anterior, ocorrida em 2015. No documento, reclamações dos agricultores quanto a problemas como: postes caindo, carga de energia (trifásica), faltas constantes de energia e demora no seu restabelecimento.
O Vereador Ari Müller lembrou que se passaram mais de nove meses desde que a relação de problemas destas localidades foi entregue à AES Sul, conforme solicitado pelos representantes da concessionária na época. “Não foi feito absolutamente nada até agora”, cobrou.
Segundo Célio Kettermann, citricultor de Lajeadinho, desde que foi entregue a lista para a AES Sul a única coisa que fizeram foi largar um poste de concreto na estrada e somente agora, coincidentemente em data próxima a esta reunião, foi trocado o poste de madeira pelo de concreto. “A gente espera, no mínimo, que escutem a comunidade e resolvam alguns problemas”, desabafou.
Gerson, de Lajeadinho, proprietário de um packing house, disse que já foi obrigado a alugar um gerador, em função da falta de energia elétrica. “A demora é muito grande para o retorno da energia”, lamentou. Outro que fez queixas foi o produtor de frangos Celso Zweibrücker, que chegou a ficar dois dias sem energia. “Minha sorte que não estava calor, caso contrário, teria perdido os frangos”.
Diversos agricultores apresentaram suas queixas, apontando sempre a mesma demanda: postes podres, falta de energia, inexistência de poda na linha e demora no restabelecimento da luz elétrica. O Gestor de Atendimento do Setor Público, Thiago Pedroso de Oliveira e o Supervisor Regional de Obras e Manutenção, Marcelo Flores Pereira, após ouvirem atentamente os produtores, alegaram não terem conhecimento daquela reunião, e do levantamento entregue.
Thiago disse que era preciso olhar para frente. Na mesma linha, Marcelo Pereira deu explicações técnicas quanto às dificuldades de se fazer as podas. “Muitas vezes o produtor planta acácia bem junto à linha de transmissão. Isto é um grande problema”, aponta. Marcelo contou que Bom Princípio aprovou uma Lei tratando especificamente desta situação, proibindo o plantio por onde passa a rede de energia.
Thiago Pedroso admitiu que precisasse ser melhorada a questão dos serviços no interior. Para tanto contou que a AES Sul, inclusive, ampliou sua equipe de trabalho. Outro caminho apontado pelo Vereador Naná: na rede que passa na estrada deveria acontecer uma parceria entre Prefeitura/AES Sul, para a realização de corte e poda. “Se tem plantação na estrada, ela é de domínio da Prefeitura, portanto não precisaria de autorização de proprietário para fazer o serviço”, alerta o Vereador. Naná lembra que não é possível deixar-se famílias prejudicadas porque não pode cortar-se um eucalipto.
Cronograma de ações
Após 1h30min de reunião calorosa, os representantes da AES Sul assumiram o compromisso com a realização de um cronograma de ações. Para tanto, vão percorrer estas localidades verificando in loco as demandas. Quanto às podas, Thiago e Marcelo citam que se trata de solução mais rápida, sendo que a substituição de postes precisaria ser inserida no programa de investimentos. “Até 31 de maio, encaminharemos o levantamento encontrado em visita de campo”, garantiu Thiago Oliveira. Quanto à alteração do local das linhas de energia que passam dentro das localidades, Oliveira foi categórico, afirmando que não iria criar expectativas, pois estas não serão alteradas neste momento. Os proponentes Naná e Ari acreditam que é preciso dar um voto de confiança aos técnicos da AES Sul. Aguardam para verificar se ao menos parte das demandas serão atendidas.