Animais de grande porte, soltos nas ruas, causam preocupação ao Legislativo

por adm publicado 13/07/2022 16h15, última modificação 19/07/2022 10h48
Na semana passada, um cavalo solto sofreu ferimentos graves por estar na rua sem uma guia e o dono.

Já não é a primeira vez que cavalos soltos nas vias da cidade causam preocupação ao Legislativo. Algumas reuniões já foram organizadas para debater a situação e encontrar uma solução. Existe, inclusive, a indicação da criação de um Projeto de Lei, do vereador Talis Ferreira (PP) que tramita no Executivo elaborando dispositivos que resguardam protetores de animais quando estes fazem o socorro, atendimento veterinário e tutela de cavalos.

Como a situação vem se arrastando, desta vez, a vereadora Camila de Oliveira (Republicanos) propôs a realização de mais uma reunião com a secretaria municipal de Meio Ambiente e Brigada Militar para saber mais detalhes de como anda todo o processo. “Somos chamados, quase todos os dias, pela população para explicar o porque não se tem um projeto que faça o acolhimento destes animais que estão soltos nas ruas e podem causar acidentes”, frisou a vereadora.

Na semana passada, um cavalo solto sofreu ferimentos graves por estar na rua sem uma guia e o dono. Além das feridas no animal também houve danos materiais no veículo que houve o choque. Chamados, os protetores tentaram fazer o socorro. Já o dono não foi encontrado.

De acordo com Marineia Mendel, da SMMA, não tem, em Montenegro, atendimento especializado para cavalos, quando o resgate é feito eles vão para uma hospedaria em Nova Santa Rita. “Os custos são muito altos, uma diária para este tipo de animal gira em torno de R$250, mas precisamos resolver esta situação. Hoje não temos, na secretaria, um departamento que faça o cadastro de donos de cavalos, que pode ser usado em atendimento e até no chamamento destas pessoas quando o animal está perambulando pelas ruas da cidade”, destacou.

Essa questão também foi lembrada pelo tenente Daniel Augusto de Souza, da Brigada Militar. Com a falta de um cadastro, mesmo que a corporação atenda ao chamado dos protetores ou mesmo de moradores onde os animais estejam próximos, a BM não tem um espaço que possa alocar e fazer atendimento adequado aos cavalos. “As pessoas ligam e nós vamos. Quando procuramos pelo proprietário do animal nunca achamos, ainda mais quando ocorre acidente. O que a gente faz? Estamos contando com a boa vontade de algumas pessoas. Amarramos o animal mais pra dentro da rua ou, se conseguimos, colocamos eles dentro de alguma propriedade até que o dono seja localizado e faça o resgate do cavalo”, frisou o tenente.

O próximo passo, segundo a vereadora Camila, agora é conversar com o Executivo, em uma reunião que deverá ser agendada nos próximos dias, para saber como está a indicação do projeto de lei que pode auxiliar nesses atendimentos e retiradas dos animais das ruas.