Indefinição quanto à recuperação do mamógrafo é discutida na Câmara de Vereadores

por adm publicado 06/09/2021 11h39, última modificação 06/09/2021 11h39
Aparelho está parado após sofrer uma descarga elétrica de um raio
Indefinição quanto à recuperação do mamógrafo é discutida na Câmara de Vereadores

Mamográfo está instalado no HM - Foto: Jornal Fato Novo

A mamografia é o exame primordial para a detecção precoce do câncer de mama. O exame, que precisa ser feito anualmente, e é indicado para mulheres com idade acima dos 40 anos ou que tenham histórico da doença na família.

A garantia da realização da mamografia para todas essas mulheres é uma das atribuições do Sistema Único de Saúde, de acordo com a Lei nº 11.664/2008. Em Montenegro a Secretaria Municipal da Saúde encaminha através da central de regulação do Estado cerca de 20 pacientes por mês para a realização do exame em São Sebastião do Caí. Isso vem acontecendo desde que o município ficou sem o mamógrafo, hoje instalado no Hospital Montenegro.

O equipamento, comprado pela Prefeitura de Montenegro, funcionou por 08 meses desde a instalação. No entanto teve algumas placas queimadas, após uma descarga elétrica atingir o prédio do Hospital e o equipamento não ligou mais.  Até então o mamógrafo vinha fazendo, em média, 272 exames ao mês.

Conhecedora desta situação a vereadora Ana Paula Machado (PTB) propôs uma reunião na Casa Legislativa para, junto com a direção do HM e a Secretaria da Saúde, encontrar uma forma de fazer o conserto do equipamento ou tentar a viabilidade da compra de um mamógrafo digital. “Iniciei meu mandato já com esta preocupação. Sei da necessidade das mulheres em fazer o exame e ter que se deslocar para outro município por que nós não temos o mamógrafo em funcionamento”, destacou.

De acordo com o diretor administrativo do HM, Carlos Batista, a casa de saúde recebeu técnicos da Philips para realizar o conserto. Foi efetuada a troca de uma placa, mas ainda assim não funcionou. “A compra do equipamento foi feita sem nem ao menos se ter um local adequado para a instalação. Hoje nossa indicação seria chamar o Ministério Público para que o órgão convocasse a empresa para que ela faça a manutenção necessária para que o mamógrafo volte a funcionar. Nós, enquanto hospital, não temos como fazer esse conserto”.  

Em sua avaliação, a vereadora Ana Paula, conclui que é necessário exaurir todas as tentativas. “Não tem mais sentido chamarmos o HM para conversar. Precisamos dar um passo a diante. Se não houver uma avaliação técnica para conserto, se a empresa não vier fazer a manutenção precisamos abrir um caminho para compra um mamógrafo digital. O que não podemos mais é deixar nossas mulheres esperando por um exame tão importante”, frisou.