Moinho Becker, que se mantém há 60 anos, é homenageado na Câmara

por adm publicado 14/06/2019 14h19, última modificação 14/06/2019 14h19
Por iniciativa do vereador Neri de Mello Pena (PTB) - Cabelo, quinta-feira (13) os 60 anos do Moinho Becker tiveram reconhecimento, em Sessão Comemorativa da Câmara. Familiares e amigos estiveram acompanhando-a.

No início de seu discurso o proponente, Vereador Neri de Mello Pena (PTB) – “Cabelo” declarou que a Sessão estava homenageando “uma bela história, que chega há seis décadas”. Relata que tudo começou em cinco de maio de 1959, por iniciativa de Alido Becker, “e hoje continua sendo escrita pelo casal Erenita Becker e Adão Medeiros”.

         Cabelo destaca que, mesmo com as transformações ao longo de seis décadas, “o nosso Moinho Becker, no Bairro Timbaúva, permanece exatamente igual, resistindo e registrando a sua história desde o começo de tudo, e atravessando gerações”.

         O vereador relembrou diversos “causos” relatados pelos proprietários, como as corridas de cavalo que aconteciam em frente ao estabelecimento, e sua procura por clientes de várias cidades, que compravam farinha de milho moída na hora, “o que acontece até hoje”, reforçou Cabelo. Os donos lhe contaram, orgulhosos, que o produto fabricado por eles chegou a ser levado até ao Continente Africano.

         Outro ponto interessante, segundo Neri: a balança usada no Moinho é a tradicional, “a tecnologia ainda não invadiu aquele espaço”. Na análise do proponente, vem sendo mantida a tradição, sendo que os filhos já trabalham com os pais na produção de farinhas. “Eles agora aguardam, ansiosos, que os netos também tenham gosto pela atividade que a família Becker possui”, desejou o vereador.

         Considerada uma das empresas mais antigas da cidade, o Moinho Becker, mesmo assim, não descuida da qualidade, passando por manutenção a cada seis meses. “Continua sendo um dos poucos em funcionamento que resistiu às mudanças da vida e à chegada da tecnologia”, diz o vereador.

“Satisfação em estar aqui”

         Adão Aguirre de Medeiros, manifestando-se em nome da empresa, contou que depois que seu sogro faleceu, o Moinho só se manteve vivo graças ao filho, Marco: “se não fosse ele sair da Tanac, assumir o Moinho e trabalhar para pagar as dívidas que tinha, nós estaríamos com as portas fechadas”. Diz que só assumiu a direção do Moinho em 1996 quando saiu da Tanac, momento em que o seu filho foi trabalhar fora. “A manutenção do Moinho é tudo com ele até hoje, que é ele que afia a pedra, que arruma a correia, entre outras coisas. Não entendo muito disso aí, entendo de fazer o Moinho trabalhar”, comentou, referindo-se à parte de compra e venda de mercadorias.

         “Meu neto Mateus se prontificou a, no dia em que eu parar, ou alguma coisa, ele quer assumir, e já estamos começando a prepará-lo”, manifestou Adão, referindo-se a uma questão comum em empresas familiares com muitos anos de existência. “Minha esposa também é fora de série, porque se eu não a apoiasse, ela também não ia me apoiar”, disse, sobre a companheira que atua junto com ele na condução do negócio. “Vocês não sabem a satisfação da gente em estar aqui, recebendo esta homenagem do município”, finalizou.

         O prefeito Kadu Müller (PP) disse como é bom “ouvir histórias de que a tradição, também, pode manter uma família viva, uma família unida”. “Todos vocês viveram do Moinho, vivem, e conseguem fazer a história de vocês ser contada com a tradição”, acrescentou. Ao filho do empresário, Marco, recomendou: “continues fazendo”, estendendo as mesmas palavras ao neto. “Como administrador desta cidade eu digo ao senhor, em nome de todos os montenegrinos: muito obrigado a vocês, que ajudam a contar a história de Montenegro e manter a tradição”, completou o prefeito.

Ambulâncias

         Na Sessão Ordinária, que começou em seguida, aprovado o projeto de lei 035/19, do Executivo, que autoriza a concessão por parte do Município de duas ambulâncias à OASE, mantenedora do Hospital Montenegro (HM). A Prefeitura explica que, pelo convênio mantido com a OASE, a entidade é responsável pelo pagamento dos profissionais e a manutenção das ambulâncias do SAMU, sendo que o Município faz o repasse de recursos necessários ao custeio do serviço.

         Aprovados também o Projeto de lei Complementar 30/19, do Executivo, que dispõe acerca do procedimento para o pagamento das requisições de pequeno valor (RPV) devidas pelo Município, suas Autarquias e Fundações; o Projeto de lei 32/19, do Executivo, que o autoriza a abrir crédito especial de R$ 200,00; e o Projeto de lei 34/19, do Executivo, que o autoriza a incluir no Anexo I do PPA 2018-2021, no Programa Fortalecimento da Gestão Urbana Sustentável, a ação “Contratação de empresa para manutenção do sistema de informações geográficas”, da Secretaria Municipal de Gestão e Planejamento.