Reunião tensa: Vereadores recebem professores para discutir reposição salarial

por adm publicado 20/05/2022 10h55, última modificação 20/05/2022 11h26
De acordo com os professores, a informação passada pelo Executivo é de que só há a possibilidade de conceder o aumento caso aconteça a desvinculação. Ainda, que não estão dando outra alternativa. E, foi por este motivo, que mais uma vez os educadores procuraram o Legislativo

O fim da tarde desta quinta-feira, 19, foi tenso na Câmara de Vereadores de Montenegro. Os parlamentares receberam um grupo de professores para debater a questão da reposição salarial. O Executivo enviou, nesta semana, o projeto de lei para votação, mas ainda não há concordância entre a classe e a administração. A principal reivindicação que trava todas as negociações é a não desvinculação do nível 1 solicitada pelos educadores. 

De acordo com os professores, a informação passada pelo Executivo é de que só há a possibilidade de conceder o aumento caso aconteça a desvinculação. Ainda, que não estão dando outra alternativa.  E, foi por este motivo, que mais uma vez os educadores procuraram o Legislativo em uma tentativa de retomar as negociações. Eles alegam que, se em janeiro a administração tivesse concedido os 8%, como a categoria queria, hoje não estariam neste impasse. 

A desvinculação, pedida pela administração, tem como objetivo conceder para cerca de 15 professores o aumento no salário, baseado nos 33,23%. Como não possuem graduação eles estão recebendo abaixo do teto estipulado pela União. 

Conforme um dos professores, que estava na reunião hoje, eles estão implorando para não desvincular. “Vai afetar a nossa vida funcional. Viemos de muitas lutas e conquistas. nada foi de graça. Por que destruir o pouco que a gente conquistou? Em 2013 fizemos uma avaliação e pedimos algumas alterações no Plano de Carreira. Quando entrou em vigor pedimos mais classes porque demoraríamos mais para nos aposentar. Na planilha somos 30% da folha e somos nós que estamos falindo o município?” 

Eles também esclareceram que não estão atrás dos 33,23%, concedidos pelo Governo Federal. Querem 17% que somado ao que já receberam fecha o montante dado pelo Executivo Nacional. Também lembraram que o valor pago a eles vem do FUNDEB e que muitos professores estão, ou se exonerando, ou desistindo de dar aulas em escolas do interior por que o difícil acesso, a partir da aprovação do atual projeto da administração, não vai custear o deslocamento. Salientaram ainda que a bonificação recebida para ser diretor de escola não vai ser mais atrativa. Ambas as colocações se devem ao fato de que o cálculo a ser pago vai ser feito baseado em um percentual em cima de um dos níveis de pagamentos que eles recebem. 

O projeto de lei deu entrada na Casa Legislativa e, depois dos trâmites legais, deve ser analisado e votado na próxima sessão. A leitura dele foi feita durante a sessão ordinária desta quinta, 19, que foi acompanhada pelos professores.