Síndrome de Down: reunião na Câmara aborda atendimentos a estas pessoas

por adm publicado 08/06/2022 16h01, última modificação 08/06/2022 16h01
Em Montenegro o atendimento aos recém-nascidos, portadores da Síndrome de Down, é realizado pela secretaria municipal de Saúde com acolhimentos feitos por assistentes sociais, nutricionistas e neurologistas no setor de pediatria.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, apontam que cerca de 300 mil pessoas têm síndrome de Down no Brasil, e que para cada 700 nascidos vivos pelo menos um deve apresentar a alteração genética que influencia em diferentes complicações na saúde, entre elas a cardiopatia. Mas como é feito o atendimento a esta parcela da população? Quais serviços estão sendo ofertados? Com estes questionamentos a vereadora Fabrícia de Souza (PP), solicitou à Câmara de Vereadores a realização de uma reunião que discutisse este assunto.

Em Montenegro o atendimento aos recém-nascidos, portadores da Síndrome de Down, é realizado pela secretaria municipal de Saúde com acolhimentos feitos por assistentes sociais, nutricionistas e neurologistas no setor de pediatria. Ainda assim os atendimentos são menores do que para outras patologias uma vez que não há um número expressivo de pessoas com esta síndrome nos cadastros do SUS no município. “Todas estas situações especiais são acompanhadas por nós”, ressaltou Ana Martins, funcionária da SMS.

Também foi levantado pela vereadora se há um cadastro de pacientes com a síndrome e, em não havendo, se existe a possibilidade da criação para que se tenha uma ideia do número de pacientes, onde moram e quais atendimentos estão recebendo. Segundo o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Streb, existe a Lei Geral de Proteção de Dados que protege o sigilo médico-paciente e, por isso, o município não pode criar este tipo de cadastro. “O que precisamos entender é que a criança, portadora da Síndrome de Down, tem seus direitos garantidos e a SMS trabalhar para que ela tenha atendimento adequado”.

A SMS orienta para que os médicos, no ato do atendimento à criança, se há alguma desconfiança de que o menor é portador da síndrome, que encaminhe o pequeno para exames mais detalhados e que faça o acompanhamento, junto à família também orientando, os pais ou responsáveis pelo paciente. Neste acolhimento é feita uma escuta dos pais para saber como eles vão lidar com esta situação e, caso haja necessidade a família recebe apoio psicológico, no ambulatório de saúde mental. As crianças e adolescentes maiores, mas com diagnóstico fechados, assim como os bebês também recebem atendimento médico e acompanhamento da SMS.